segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Os Seelig de São Vendelino/Feliz na Alemanha

Após alguma pesquisa, conseguimos localizar a cidade de origem de Jacob Seelig, bem como outras informações relevantes. Na verdade, a localização do registro de nascimento de Jacob Seelig revelou uma série de dados incompletos ou errados que se tinham dele.
O primeiro deles é que seu nome é Jacobus Seelig, ao invés de Jacob Seelig. Ele foi batizado no dia 16 de agosto de 1816, em Osthofen, Hessen. Osthofen fica a centenas de quilômetros de Schleswig-Holstein, de onde era a informação inicial que se tinha sobre sua origem (ver postagem anterior)
Foi localizado também o registro de casamento de Jacobus e Fillipina (no registro é chamada de Rosina Johann, ao invés de Fillipina Gehan). O casamento ocorreu em Westhofen, Rheinhessen, Hesse-Darmstadt, em 07 de setembro 1840, uma segunda-feira. Os pais de Jacobus são identificados como Michaelis Seelig e Eva Lehmann (ou Klemann). Os pais de Rosina são identificados como Michaelis Johann e Rosina Bach (no registro de nascimento de Christina Seelig por exemplo (Bom Princípio/RS), sua avó paterna é identificada como Phillipina Bach, corroborando o registro encontrado de casamento de sua avó na Alemanha).
Foi localizado também o registro de batismo de Catharina Seelig, filha do casal Jacob (ou Jacobus) e Rosina Johann. A data de seu nascimento é 23 de novembro de 1840, também em Westhofen. A data de nascimento de suas irmãs Franziska Seelig e Sybilla Elisabetha Barbara Seelig é respecitvamente 1 de Agosto de 1844 e 18 de março de 1852.
A família (pais e irmãos) de Jacobus Seelig era composta por:
- Pai: Michaelis Seelig;
- Mãe: Eva Klemann
- Filho: Jacobus Seelig (*Agosto/1816)
- Filha: Margaretha Seelig (* Julho/1826)
- Filha: Sybilla Seelig

Descobriu-se também que o casal Jacob e Rosina tiveram um filho chamado Jacobus, nascido em 22 de março de 1847 e falecido em 11 de outubro de 1857, tudo em Westhofen, Rheinhessen. Além deste filho, enfrentaram ainda o falecimento do filho Georgius Seelig, nascido em 23 de Julho de 1849 e falecido em 30 de Outubro de 1853, na mesma cidade. Como se não bastasse, tiveram ainda o filho Petrus Seelig, nascido no dia 17 e falecido no dia 24, ambos de Dezembro de 1854.

domingo, 2 de junho de 2013

Maria Helena Seelig (filha de Jacob Seelig e Fillippina Gehan)

Maria Helena Seelig, filha de Jacob Seelig e Fillippina Gehan, nasceu no ano de 1860, supostamente na região ao norte de São Vendelino e Alto Feliz, sendo ela a primeira filha do casal nascida já em terras brasileiras, aproximadamente um ano após sua chegada em Santa Clara.

Encontramos nos registros eclesiásticos católicos a grafia do nome Maria Helena e Maria Elena, sendo que o nome Maria Helena ocorre mais vezes. Por este motivo acreditamos ser este último o correto.

O nascimento de Maria Helena deve ter sido comemorado com grande entusiasmo pela família, pois o filho caçula (Peter Seelig) já estava com 06 anos de idade. Este nascimento foi motivo para Jacob Seelig trabalhar ainda mais arduamente em suas terras, já que não possuía filhos homens para o ajudar na lida campeira, somente o jovem Peter Seelig.

Aparentemente Maria Helena cresceu na região de Santa Clara até sua vida adulta. A pesquisadora Maria Lúcia V. F. Benites afirma que por volta de 1882 (então com 22 anos) Maria Helena se dirigiu para Porto Alegre, onde se estabeleceu.

No dia 28 de março de 1883, em Porto Alegre, nasceu o primogênito de Maria Helena, chamado de Júlio. Júlio é denominado no registro católico como “filho natural”, indicando que na época Maria Helena não era legalmente casada.

O batismo de Júlio ocorreu quase um na após seu nascimento, em 07 de fevereiro de 1884. No batismo de Júlio, a próxima irmã mais nova do que Maria Helena, chamada Gertrudes Seelig foi sua madrinha. É interessante notar que quatro dias após este batismo, Gertrudes se casou também em Porto Alegre, com João Teixeira, aos 19 anos. Oportunamente apresentaremos um post sobre Gertrudes Seelig.

O outro padrinho de Júlio foi Tenente Júlio Cesar da Silva Lima, luso brasileiro. Aparentemente Julio Seelig recebeu este nome em homenagem a este homem. Em pesquisa a respeito de Júlio César, confirmou-se que ele era Tenente do Exército Brasileiro. Júlio Cesar é citado em documentos militares como instrutor na Escola Militar do Rio Grande do Sul (veja aqui).

Considerando que quando Júlio Seelig nasce em 1883 fazia pouco mais de um ano que Maria Helena morava em Porto Alegre, conclui-se que o Tenente Júlio Cesar da Silva Lima possuía todo o respeito de Maria Helena neste curto espaço de tempo, de modo que esta decidiu homenageá-lo com o nome de seu primogênito. Encontramos outro registro a respeito do Tenente Júlio César indicando que em 1909 o mesmo já se encontrava falecido (veja aqui)

O segundo filho de Maria Helena nasceu aproximadamente dois anos e meio após o nascimento de Júlio (em 04 de Outubro de 1885), e foi batizado como Arthur Seelig, aproximadamente um ano depois de seu nascimento, em 13 de Outubro de 1886, também registrado como “filho natural”. Os padrinhos foram Antero Vieira de Farias e Izabel Seelig. Este assentamento tem duas informações importantes. A primeira é de que Antero Vieira de Farias, assim como o padrinho de Júlio Seelig (Tenente Júlio Cesar da Silva Lima), também era militar. No Diário Oficial de 22 de Março de 1947, Antero é citado como recebedor de medalha de honra por sua participação na FEB. Este fato nos informa assim que Antero era relativamente jovem quando se tornou o padrinho de Arthur Seelig.

O segundo fato interessante é a citação da madrinha como Izabel Seelig. Ainda não se tem registro de quem seria exatamente esta Izabel. Considerando-se o relativamente curto período em que os Seelig estavam no Brasil, estima-se que esta Izabel era filha de Jacob Seelig e Fillippina Gehan nascida no Brasil. Porém nenhum registro de nascimento foi encontrado para esta pessoa.

Os registros católicos pesquisados dos filhos de Jacob Seelig e Fillippina Gehan mostram que apesar de existir na época meios de transporte (fluvial) que facilitavam o acesso entre São Vendelino e Porto Alegre (veja aqui), a distância entre os irmãos influenciou no distanciamento entre eles. Por exemplo, nas datas festivas familiares como nascimentos e casamentos, em nenhuma ocasião os padrinhos ou testemunhas dos nascimentos e/ou casamentos dos filhos de Catharina Seelig, Franciska Seelig, Peter Seelig e Maria Helena Seelig (sendo estes os filhos que pesquisamos até agora) figuram algum dos irmãos.

O terceiro filho de Maria Helena foi Vicente Seelig, nascido em 16 de Outubro de 1887, em Porto Alegre. No batismo de Vicente, que mais uma vez ocorreu aproximadamente um ano após seu nascimento, foram padrinhos Vicente Peligrini e a avó materna, ou seja, Fillippina Gehan. Aparentemente, mais uma vez Maria Helena homenageou um amigo com o nome de um de seus filhos.

O quarto filho de Maria Helena se chamou Reinaldo Seelig, nascendo em 14 de Fevereiro de 1891, também em Porto Alegre.

Ainda não temos a data determinada de um quinto filho de Maria Helena, chamado Álvaro Seelig.
Existe entre os descendentes de Maria Helena Seelig certa tradição de que seu marido fosse um membro da marinha alemã, que de tempos em tempos aportava no Brasil. Encontramos alguma evidencia desta tradição familiar ao se verificar as datas de nascimento e batismo dos filhos de Maria Helena que tivemos acesso, as quais mostram uma certa cadência, conforme a tabela a seguir.

Filho
Concepção*
Nascimento
Batismo
Júlio
Junho 1882
Março 1883
Fevereiro 1884
Arthur
Janeiro 1885
Outubro 1885
Outubro 1886
Vicente
Janeiro 1887
Outubro 1887
Novembro 1888
*: considerando que todos os filhos nasceram de 09 meses.

Através da tabela anterior é possível notar que houve certa repetição nos meses em que ocorreram os eventos citados. Além disso, invariavelmente os batismos aconteceram um ano após o nascimento de cada criança. Outra evidencia que reforça esta teoria é o fato de que em seu registro civil de óbito, ela é citada como “viúva”.

Especulações a parte, Maria Helena aparentemente criou os filhos sozinha em Porto Alegre, até o ano de 1932, quando faleceu, no dia 15 de maio de 1932, tendo sido sepultada no Cemitério São Miguel e Almas, na mesma cidade.

Este post contou com informações prestadas por Paulo R. Seelig e Ricardo Vaz Seelig.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Os Seelig de Sinimbu (Santa Cruz do Sul) na Alemanha

Ao prosseguir com as pesquisas, novos fatos foram descobertos sobre a família de Friedrich Seelig, que se radicou na Linha São João em Sinimbu, na época distrito de Santa Cruz do Sul/RS.
Localizamos o registro de casamento de Friedrich e sua esposa, Johanna (clique aqui para ver). Neste registro,somado aos do nascimento de seus filhos como será visto adiante, descobrimos que seu nome completo é Johann Friedrich Jakob Seelig, e que o nome completo de sua esposa é Christine Juliane Ernestine Meußlig. A data de seu casamento é nove de novembro de 1845, um Domingo. Ambos são identificados como solteiros e moradores de Straulsund. A profissão atribuída a Johann é de "servo".
Os pais de Johann são:


  • Johann Joachim Seelig; e
  • Berta Sophia Wolf
Os pais de Christine são:

  • Johann Friedrich Meußlig; e
  • Sophia Dorothea Drüsberg

 
O casamento se deu na centenar capela de St. Jakobi, conforme foto abaixo. Para ler mais sobre esta capela, clique aqui.



Com a descoberta do nome completo de Friedrich, conclui-se que este Friedrich (Johann Friedrich Jakob Seelig) é o mesmo citado em postagem anterior (clique aqui para ver) como um Seelig da Linha São João até então desconhecido.
Foram localizados também os registros de batismo dos filhos Friedrich (clique aqui) e Hermann (clique aqui). É interessante notar que no registro de batismo de Hermann, ele é citado como o terceiro filho, ou seja, existindo mais um filho/filha entre Hermann e Friedrich. Apesar da data de nascimento de Johanna Seelig não nos permitir afirmar isso (ver postagem anterior), acreditamos que esta seja a segunda filha.


domingo, 21 de abril de 2013

Sybilla Seelig (filha de Jacob Seelig e Fillippina Gehan)

Sybilla Seelig chegou ao Brasil com 06 anos de idade, vinda de região norte da Alemanha, denominada Schleswig-Holstein, junto com seus pais Jacob Seelig Fillippina Gehan. Ao chegar ao Brasil, se estabeleceu com sua família no norte da região de de São Vendelino/Alto Feliz, local hoje denominado Santa Clara.
Temos poucas informações até agora sobre Sybilla. Sabe-se que casou com Maximiliano Nabaro (ou Navarro - sobrenome aparentemente de origem espânica), mas não se sabe ao certo quando. Pela origem do sobrenome de seu marido, é possível que ela tenha passado parte de sua vida adulta, após se casar, fora da região onde moravam seus pais, que é predominantemente habitada por descendentes de alemães. Porém, quando tinha 58 anos de idade, no dia 01 de abril de 1911, já estava viúva, se casando nesta data com seu cunhado (também viúvo, de Franciska Seelig), João Henrique Meier, em São Pedro da Serra, conforme registro (clique aqui). O registro de casamento explica que ambos já viviam sobre o mesmo teto, porém ela sendo apenas cozinheira de João Henrique antes de se casarem.
A pesquisadora Maria Lúcia V.F. Benites afirma que Sybilla se encontra sepultada no Cemitério São José, em Porto Alegre. Nenhuma mais informação temos a respeito de Sybilla Seelig.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Peter Seelig (filho de Jacob Seelig e Fellippina Gehan)


Peter Seelig (Pedro Seelig) chegou ao Brasil com cinco anos de idade, tendo ir morar na região de Santa Clara (norte de São Vendelino/Alto Feliz) com seus pais, Jacob Seelig e Fillippina Gehan, e suas irmãs, Catharina (18 anos), Franciska (14 anos) e Sybilla (06 anos). Pela grande distância de idade entre Sybilla e Franciska (08 anos), presume-se que o casal Jacob e Fillippina tiveram outros filhos na Alemanha, falecidos durante a infância ou adolescência.  
Peter, como qualquer criança imigrante da época, teve seus amigos vizinhos, mas também deve ter brincado com sua irmã Sybilla, pela pequena diferença na idade entre eles.
Quinze anos após chegar ao Brasil (1874), Pedro se casou com Ida Catharina Baumbach em 03 de junho de 1874 as 10:00 h da manhã. Seu casamento se encontra registrado na paróquia de Nossa Senhora da Soledade , filiada à paróquia de São João Batista, em Montenegro/RS - ver registro.
Supõe-se que Ida Catharina Baumbach não simpatizava por seu primeiro nome, pois a maior parte dos demais registros católicos encontrados de seus descentes (filhos e netos) ela é citada somente como Catharina.
Catharina era filha de Bartholomeu Baumbach e Isabel Kimpel (geralmente o nome Isabel é o abrasileiramento do nome Elizabeth). É citado como uma das testemunhas do casamento Jacob Baumbach que era irmão de Bartholomeu. A Família Baumbach também imigrou da Alemanha para o Brasil. Bartholomeu e Jacob tiveram dois irmãos que também imigraram da Alemanha, mas foram para os Estados Unidos. Parte da genealogia dos Baumbach nos EUA e na Alemanha, inclusive citando os que vieram para o Brasil, pode ser encontrada aqui.
Aproximadamente após oito meses do casamento de Pedro e Catharina, lhes nasceu o primeiro filho, que foi chamado Jacob, em homenagem ao pai de Pedro, no dia 29 de Janeiro de 1875 (ver registro).
Os filhos que se seguiram, em número total de 11 são os seguintes:
·         Jacob, * 29/jan/1875 – ver registro, †?;
·         Pedro, * 22/maio/1876 – ver registro, †?;
·         Maria Theresa, * 13/jul/1878 – ver registro, †?;
·         Henrique, * 28/julho/1880 – ver registro, † 04/março/1954 em Montenegro/RS;
·         Christina, * 17/ago/1882 – ver registro, †?;
·         Catharina, * 1884 - ver registro, †?;
·         José, * 16/fev/1887 – ver registro, †?;
·         Albino, * 08/agosto/1889 – ver registro, †?;
·         Theresa Maria, * 21/jul/1892 - ver registro, †?;
·         João Alfredo, * 22/set/1894 - ver registro, †?;e
·         Affonso, * 1896, †?;
O assentamento do batismo católico de Jacob indica que Pedro e Catharina, após se casarem foram morar no Arroio Frances, que hoje corresponde à região de Barão/RS.
Em nossas pesquisas, não encontramos o assentamento de casamento de alguns dos filhos de Pedro e Catharina, o que nos faz presumir que se casaram em outras paróquias diferentes da paróquia de seus pais, ou que faleceram antes do casamento.
As noras e genros de Pedro e Catharina que encontramos, são os seguintes:
·         Pedro se casou com Luisa Schröder;
·         Maria Thereza se casou com Martin Sänger (* 1885, †?, filho de Jacob Sänger e Constância Moraes) em 21 de dezembro de 1895 em Montenegro/RS – ver registro;
·         Henrique se casou com Eliza Mathilde Schädler (* 10/03/1886 em Linha São Pedro,  † 02/10/1952 em Montenegro, filha de Antônio Schädler e Margarida Heck) em 31 de julho de 1906 em Linha São Pedro (atual São Pedro da Serra/RS) – ver registro;
·         Christina se casou com Carlos Becker (* 1882,  † ?, filho de de José Backer e Catharina Altenhofer) em 24 de agosto de 1903 em Linha Bonita (Tupandi/RS) – ver registro;
·         Catharina se casou com Pedro Haupt (* 1882 em Gauereck,  †?, filho de Fellipe Haupt - já falecido na data deste casamento - e Hermina Brauer) em 20 de fevereiro de 1916 em Campestre – a família do noivo era protestante – ver registro;
·         Albino se casou com Emma;
·         Affonso se casou com Ana;
Após algum tempo morando no Arroio Francês, o casal Pedro e Catharina se mudou para Maratá/RS (Linha Saraiva), ainda antes de 1884. No dia 24 de julho de 1907, com 51 anos de idade, faleceu Ida Catharina Baumbach. Presume-se que ela esteja enterrada no cemitério católico desta localidade, ou arredores (linhas rurais). Nesta ocasião Pedro contava com 54 anos de idade. Não encontramos registro de um novo casamento de Pedro.

domingo, 17 de março de 2013

Franciska Seelig (filha de Jacob Seelig e Fillippina Gehan)

Franciska Seelig chegou ao Brasil junto com seus pais Jacob Seelig e Fellippina Gehan com 14 anos de idade. Esta era a segunda filha do casal Jacob e Fillippina.

O primeiro registro que encontramos de Franciska é o de seu casamento com João Henrique Meier (Johann Heinrich Meier) em São José do Hortêncio/RS na segunda-feira 18 de Janeiro de 1864, sendo ele também morador do Forromeco (Formegue), região que hoje corresponde ao norte de São Vendelino (Santa Clara). Ele também nascido na Alemanha, filho de João Guilherme Meier (Johann Wilhelm Meier) e Catharina Bourscheid (ver registro).

João Henrique Meier era cunhado da irmã de Franciska (Catharina Seelig), pois era irmão de João Theodoro Paulino Meier (marido de Catharina), ou seja, dois irmãos se casaram com duas irmãs. Considerando que haviam chegado da Alemanha há poucos anos, e também por conta da rotina diária da família (sempre devotada aos cuidados de seu lote rural), conclui-se que o círculo de amizades não era tão grande, sendo então normal de se esperar que estes casamentos próximos acontecessem.

João Henrique Meier e Franciska Seelig se estabeleceram na região de Tupandi (Linha São Pedro, atualmente São Pedro da Serra/RS), permanecendo por lá durante toda a sua vida, com exceção de um pequeno periodo em que moraram no Maratá/RS.

Em Tupandi (atual São Pedro da Serra), seu lote de terras fazia divisas com a Estrada Buarque de Macedo (RS-240), com as terras do fundador de São Pedro da Serra (Sr. Pedro Lisenfeld) e com Pedro Schneider, que foi padrinho de casamento do casal.

Os Filhos de João Henrique e Franciska foram:

  • Gertrud (* 30 de Julho de 1865 em Arroio Formegue);

  • João (* 1867);
  • Fellippina (* 23 de Março de 1868 em Arroio Formegue), (+ 17 de Novembro de 1904 em São Pedro da Serra/RS);

  • Carolina (* );
  • Maria (* );
  • Pedro (* 25 de Março de 1874 em Arroio Formegue);

  • Jacob (* 10 de Julho de 1877 em Arroio Formegue );

  • Antônio (*  06 de Maio de 18);
  • Roza (* );
  • Amália (* );
  • Adelaide (* ). 

A filha caçula do casal, Adelaide, faleceu precocemente com 21 anos de idade, no dia 02 de Abril de 1907, tendo sido sepultada no cemitério de Tupandi.


O casal João Henrique e Franciska tiveram os seguintes genros e noras:

  • Gertrud se casou com Cristian Ferdinand Jacobsen, em 09 de Janeiro de 1883 em Montenegro/RS, filho de Ferdinand Jacobsen e Maria Augusta Jacobsen (ver registro).

  • João se casou com Magdalena Babben (* 1862 em Picada Cahy - São Sebastião do Caí/RS), em 19 de Outubro de 1886 em Tupandi/RS, filha de Jacob Babben e Catharina Müller (ver registro).

  • Fellippina se casou com Pedro Heckler Filho, filho de Pedro Heckler e Carolina Linhart.

  • Carolina se casou com João Wons (ou Wanz) (*  em 1870 em Lany, Opole na Polônia) , em 26 de Janeiro de 1891 em (Badenserthal) Tupandi/RS, filho de Simão Wons e Maria Anna Bannech (ver registro).


  • Pedro se casou com 

  • Jacob se casou com 

  • Antônio se casou com 

  • Roza se casou com Willibado Stürmer (*  em 1887 em Montenegro/RS)   em 14 de outubro de 1908 em Tupandi/RS (Linha São Pedro), filho de José Stürmer e Elisabeth Gauer.

  • Amália se casou com 

Franciska Seelig faleceu em 15 de novembro de 1902 (com 57 anos de idade) em São Pedro da Serra (a época Tupandi), antes de ver todos os seus filhos casados ou conhecer todos os seus netos. Franciska foi sepultada no cemitério católico local.

Após o falecimento de Franciska, seu marido, João Henrique Meier em 01 de Abril de 1911 (aproximadamente já há 09 anos como viúvo e na época com 70 anos de idade), se casou com a irmã de Franciska, a também viúva Sybilla Seelig (na época com 58 anos de idade) - viúva de Maximiliano Nabaro (ver registro).

João Henrique Meier faleceu em 15 de Julho de 1923, com 82 anos, em São Pedro da Serra, onde se encontra sepultado. Talvez na época de seu falecimento, sua segunda esposa Sybila já houvesse falecido, pois em seu registro católico de óbito João Henrique Meier é citado como "viúvo da falecida Franciska Seelig", ou seja, o nome de Sybilla é omitido (ver registro). 

Presume-se que no momento de seu falecimento, João Henrique Meier estivesse dormindo sozinho (o que reforça a tese de que Sybilla já houvesse falecido) ou de que estive em algum outro local sozinho, pois é dito que o mesmo foi "encontrado morto". 

Alguns meses depois da conclusão desta postagem, descobriu-se que João Henrique Meier se casou pela terceira vez (provavelmente por conta do falecimento de Sybilla), desta vez com Bernardine Ebbing, na Linha Francesa (hoje pertencente à Barão)

sábado, 9 de março de 2013

Catharina Seelig (filha de Jacob Seelig e Fillippina Gehan)

A filha mais velha de Jacob Seelig e Fillippina Gehan chegou ao Brasil com 18 anos de idade, tendo se dirigido para a região de São Vendelino (Santa Clara)/Alto Feliz, na época denominada Colônia de Santa Maria de Soledade junto com seus pais e irmãos.

Não sabemos ao certo (pois ainda não encontramos os registros), mas estimamos que em torno de 01 a 02 anos após sua chegada (ou seja 1860/1861) ela se casou com João Theodoro Paulino Meier. Quanto ao sobrenome "Meier", encontramos nos registros católicos as seguintes variantes (Meyer, Mayer e Maier). João Theodoro, assim como Catharina, foi nascido na Alemanha, aproximadamente em 1839. Seus pais são Guilherme (Wilhelm) Meier e sua mãe Catharina Boursheid (também aparece Elizabeth e o nome abrasileirado "Isabel"). O sobrenome da mãe também aparece de forma confusa nos registros como Bourchouse, Bocheri, e até mesmo Borges. Não se sabe ainda de que região da Alemanha vieram. As pesquisas das origens dos Meier ainda prosseguem. Em 1864 os registros citam Guilherme Meier casado com Thereza Fischer, indicando assim o falecimento de Catharina (ou Elizabeth) Bourscheid antes desta data.

Em postagem posterior, cujo tema será Franciska Seelig, irmã quatro anos mais nova do que Catharina Seelig, se notará que Franciska se casou com o cunhado de sua irmã (irmão de seu esposo), João Guilherme Meier.

O primeiro filho que encontramos o registro de nascimento do casal João Theodoro e Catharina Seelig é também chamada de Catharina, nascida em 4 de Dezembro de 1866 em Triunfo/RS. Pelo espaço de tempo que existe entre a data estimada de seu casamento (1860/1861) e o nascimento de Catharina Meier (1866), presume-se que houveram outros filhos, mas até agora desconhecidos. Nada mais sabemos sobre Catharina Meier nascida em Triunfo/RS.



Batismo de Catharina Meier em Triunfo/RS

Os  demais filhos de João Theodoro e Catharina Seelig são:
  • João Meier (*1870);
  • Pedro Paulo Meier (*1874);

  • Antônio Meier (*1875);
  • Guilherme Meier (*1877);
  • Theodoro Meier (*1880);
  • Catharina Meier (outra, o que nos faz crer que a primeira teve uma morte prematura - * 27/Ago/1885);

  • Felippina Meier (*1887);

De acordo com os registros eclesiásticos investigados até agora, verificou-se que João Theodoro e Catharina Seelig se casaram possivelmente na região de São Vendelino/Alto Feliz, migraram para Triunfo/RS, e posteriormente para a Roca Sales/RS, na época pertecente a Estrela/RS, onde faleceram.
João Theodoro e Catharina Seelig tiveram os seguintes genros e noras:
  • Pedro Paulo Meier se casou com Bárbara Anschau, em 1895 em Estrela/RS, filha de Felippe Anschau e Isabel Baumgratz.
  • Antônio Meier se casou com Anna Anschau (*1876 em Bom Principio/RS), em 29/Jan/1895 em Estrela/RS, filha de Felippe Anschau e Isabel Baumgratz.

  • Guilherme Meier se casou com Clara Schneider, em 23/Set/1905 em Estrela/RS, filha de Carlos Schneider e Anastácia Teich.
  • Theodoro Meier se casou com Carolina Stresner, em 07/Abr/1909 em Roca Sales/RS, filha de Guilherme Stresner e Maria Gashoff.

  • Catharina Meier se casou com Miguel Dierings (*1873, Bom Princípio/RS), em 10/Mai/1895 em Estrela/RS, filho de Abrahão Dierings e Ana Catharina Paulus .

  • Felippina Meier: Até este momento não temos informações sobre com que se casou ou dados sobre seu falecimento.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Todos os Seelig do Brasil são parentes?

Esta foi uma pergunta que também me fiz logo no começo das pesquisas. Porém até agora não encontramos qualquer evidencia de que Jacob Seelig (Schleswig-Holstein para São Vendelino/Alto Feliz) e Friedrich Seelig (Stralsund Pomerânia para Sinimbu) possuiam algum grau de parentesco.

Apesar de ambos viverem no norte da Alemanha, nasceram a aproximadamente 350 km de distância (relativamente distante, considerando os meios de transporte da época). Além disso, uma família era católica e a outra evangélica luterana.

Por outro lado, o sobrenome Seelig não é um sobrenome comum, nem mesmo na Alemanha (uma consulta na lista telefônica revela existir mais "Silva" do que "Seelig" na Alemanha). A tradução do mesmo seria "Abençoado" ou "Bem-aventurado". Existem ainda o sobrenome Gottseelig (Abençoado por Deus), inclusive com pessoas sepultadas no cemitério de Montenegro/RS.



Ao se pesquisar o site http://worldnames.publicprofiler.org/ com o sobrenome Seelig, nota-se que existe uma concentração maior  no oeste da Alemanha, talvez por conta de ser uma região mais populosa também.
Ao chegar ao Brasil, por falta de conhecimento dos sacerdotes católicos e cartórios de registro civil (os registros da IECLB constumam ser mais exatos neste aspecto), o sobrenome por vezes foi modificado de Seelig para Selig, com supressão de um dos "e".

Existem ainda o registro de entrada de outros Seelig no Brasil, em época mais recente, com visto de turistas, mas não se sabe se permaneceram no Brasil ou não (ver em www.familysearch.org) 

A Família de Jacob Seelig e Fillippina Gehan

Em ordem cronológica, a segunda família Seelig a desembarcar no Rio Grande do Sul foi a família de Jacob Seelig e Fillippina Gehan, vindos de Schleswig-Holstein. A família, a época da chegada ao Brasil, era formada por:

  • Jacob Seelig: 42 anos;
  • Fillippina Westhofer Balt Gehan: 38 anos;
  • Catharina Seelig: 18 anos;
  • Franciska Seelig: 14 anos;
  • Sybilla Seelig: 06 anos;
  • Peter Seelig: 05 anos;
Considerando o local de onde vieram, provavelmente eram falantes do Plattdeutsch (Baixo Alemão - dialeto germânico, que resguarda fortes semelhanças com o holandês, por terem origens em comum).

Estes Seelig, diferentemente da família de Friedrich Seelig instalada na Colônia de Santa Cruz do Sul, era católica.

Chegaram ao Brasil em 08 de fevereiro de 1859 via porto de Rio Grande/RS, a bordo do Vapor Continentista, e se dirigiram para a Colônia Santa Maria de Soledade, hoje região norte de São Vendelino (Santa Clara)/Alto Feliz, em direção a Carlos Barbosa. Percorremos todos os cemitérios daquela região (em torno de 40) mas não conseguimos localizar as sepulturas destes imigrantes. Conforme relato de moradores antigos da região, muitos dos antigos cemitérios foram destruídos e transformados em plantação, ou simplesmente abandonados até a total destruição.

No Brasil o casal Jacob e Fillippina tiveram ainda outros três filhos, a saber:

  • Maria Elena Seelig, nascida em 1860 (colônia Santa Maria de Soledade);
  • Gertrud Seelig, nascida em 1865 (colônia Santa Maria de Soledade); e
  • Izabel Seelig (colônia Santa Maria de Soledade), com data de nascimento ainda desconhecida, mas sabe-se que foi antes de 1871.
Jacob Seelig era filho de Miguel Seelig e Eva Cleman, e Fillippina era filha de Johann Gehan e Rosina Balt.

Não se localizou o registro do óbito de Jacob Seelig, mas sabe-se que foi antes do ano de 1881 na colônia Santa Maria de Soledade. De igual modo, ainda não se sabe a data exata do facelimento de Fillippina Gehan.

Como comecei a pesquisar as famílias Seelig no Brasil

No ano de 2002 conheci em minha cidade natal, Londrina/Pr, uma linda moça de olhos verdes, que 11 meses depois viria se casar comigo. Minha esposa é natural de Passo Fundo/RS. Orfã de Pai, conheci somente sua mãe antes de nosso casamento. Seu pai, havia falecido ainda em sua infância, não tendo ela por isso convivido com ele. Apesar de ela não ter o sobrenome Seelig (pois foi registrada somente em nome de sua mãe), esta foi a maneira como primeiramente tive contato com o sobrenome Seelig.

Apaixonado por genealogia, enquanto fazia minhas pesquisas a respeito de minhas raízes, me propus a ajudar minha esposa e fazer a dela também. Este blog é parte deste resultado. Foram várias viagens ao RS para buscar dados, além de incontáveis horas pesquisando nos registros civis e eclesiásticos (Católico e Luterano).

O objetivo deste blog é disseminar os resultados das pesquisas que tenho feito, compartilhando livremente com todos os interessados.

As Famílias Seelig no Brasil

OS SEELIG NO SUL DO BRASIL
Ocorrem o registro de entrada de duas famílias Seelig provenientes da Alemanha, que imigraram para o Rio Grande do Sul, Brasil. A primeira foi a família de Friedrich Seelig, vinda de Stralsund (Pomerânia), e a segunda foi a família de Jacob Seelig, de Schleswig-Holstein.


  1. A Família de Friedrich Seelig

Friedrich Seelig e sua família chegaram ao Brasil em novembro de 1858, em Rio Grande/RS, de onde seguiram para a Colônia de Santa Cruz do Sul, morando na localidade conhecida hoje como Linha São João, pertencente ao município de Sinimbu. Sua família era composta pela esposa Johanna Neußling e pelos filhos Friedrich Wilhelm Ludwig Seelig (Luiz Seelig) e Hermann Friedrich Seelig (Germano Seelig). A família era protestante (Evangélica Luterana).

Apesar dos registros públicos citarem somente os dois filhos do casal Seelig, registros da IECLB apontam para a existência de mais uma filha, chamada de Johanna Seelig, nascida em Stralsund (Pomerânia) em 13 de abril de 1853 (portanto chegando ao Brasil com 5 anos de idade) e falecendo em novembro de 1871 na Linha São João, portanto com 18 anos de idade, provavelmente ainda solteira pois não foi localizado qualquer registro de casamento.

Incrivelmente, as lápides dos imigrantes Friedrich e sua esposa Johanna, e de seu irmão Hermann e sua esposa Juliane Jackisch, ainda se encontram no cemitério Evangélico daquela localidade. Abaixo estão as fotografias das lápides. A lápide de Hermann traz inclusive uma foto sua.






Conforme dados coletados nos registros a que tivemos acesso, bem como as informações constantes nas lápides localizadas, conclui-se que ao chegar ao Brasil Friedrich tinha 41 anos de idade, Johanna 47 anos, Luiz 12 anos e Germano 07 anos.

Ao chegarem a Sinimbu (na época Colônia de Santa Cruz do Sul), receberam o lote exatamente ao lado da Igreja Evangélica. Na foto abaixo pode-se ver a igreja juntamente com parte do cemitério e do lote da família de Friedrich Seelig.


Como parte da tradição, no cemitério da Linha São João, as lápides estão voltadas para o Leste (nascer do sol, nova vida, ressurreição, etc).

Existem ainda o registro de entrada de mais um indivíduo Seelig na Linha São João, porém, até agora não encontramos a ligação dele com a família de Friedrich Seelig. Seu nome é Johann Friedrich Jacob Seelig, nascido em 13 de janeiro de 1817 em Prusdorf, também na Pomerânia, e falecido em 12 de Janeiro de 1898 na Linha São João, por causas da idade (a distância entre Prusdorf e Stralsund é de cerca de 45 km, conforme Google Earth). Ao se julgar pela idade, possivelmente Johann era irmão de Friedrich.  

Luiz Seelig (Friedrich Wilhelm Ludwig Seelig) se casou na Linha São João, aos 26 anos de idade, com Johanna Friederike Christiane Müller em 18 de outubro de 1872. Johanna Müller nasceu em 09 de maio de 1849, também em Stralsund (Pomerânia) e faleceu em 09 de julho de 1926, em Santa Cruz do Sul. Seus pais eram Georg Friedrich August Müller e Johanna Dorothea Burmeister. Cinco anos após o falecimento de seu marido (ocorrido em 1888), Johanna casa-se novamente com Friedrich Siegert em 1893. 

Apesar de boa parte dos Seelig haverem saído de Sinimbu, ainda é possível encontrar muitos de seus descedentes, não somente em Sinimbu, como também nas cidades vizinhas como Santa Cruz do Sul e Vera Cruz.